Conheça a trajetória do protagonista da Websérie: INVICTUS Até o Fim do Mundo.

O desejo por liberdade e o senso de aventura nos acompanham desde os primórdios da humanidade. Definir um destino, planejar a rota e viver cada dia do caminho é uma experiência que todos deveríamos conhecer.

O motociclista e escritor, Raphael Girelli, já viajou por mais de 230 dias pela América Latina, e agora é o protagonista da websérie INVICTUS Até o Fim do Mundo, uma nova produção que registra as aventuras, paisagens e desafios de uma viagem solitária sobre duas rodas até uma terra longínqua.

Para conhecer um pouco sobre sua trajetória, conversamos com este guerreiro que nos contou sobre a origem de sua paixão pelo motociclismo e o que o motivou a escolher a estrada como seu lar.


Bora conferir o resultado? Então dê a partida nessa entrevista e acelere até o fim do mundo!

INVICTUS: Conte-nos um pouco da sua trajetória, como começou a sua paixão pelo motociclismo?

RAPHAEL GIRELLI: O motociclismo chegou na minha vida por necessidade, não vim de uma família que tem uma história com motos. Nem meu pai, minha mãe ou tios tem um vínculo com motociclismo, isso entrou na minha vida realmente por uma questão prática.

Eu trabalhava das 8h às 18h, como faz a maioria dos brasileiros, e das 19h às 22h30 eu fazia faculdade. Toda vez que eu saia do meu serviço, eu chegava na faculdade atrasado e essa questão complicava a minha vida. Eu era bolsista, então precisava ter um bom rendimento acadêmico para continuar com esse benefício e vi que todo o tempo que perdia no ônibus estava me prejudicando.

Foi aí que comecei a ver alternativas, primeiro pensei em um carro, mas isso não resolveria o problema do trânsito, então comecei a pesquisar motos e vi que se eu dividisse o valor da moto que estava de olho em 48 prestações, pagaria mensalmente o que eu já pagava de transporte no ônibus. Não deu outra, peguei a moto e de cara já poupava 40 minutos no trajeto pro serviço, então podia dormir um pouco mais, e também ganhei mais ou menos 40 minutos no trajeto para a faculdade. Minha qualidade de vida subiu muito.

Comecei por necessidade, mas logo fui pegando gosto, aos finais de semana gostava de passear com a moto, morando em Belo Horizonte você tem muitas opções de passeios para fazer. Fui cada vez indo para destinos mais distantes, me sentindo mais conectado com a natureza e me apaixonando por esse estilo de vida, onde eu me sentia verdadeiramente livre, sentindo o vento batendo no rosto e o motor vibrando, para mim é uma terapia. Todo o estresse ou sobrecarga do dia a dia sumia quando eu subia na moto.

INVICTUS: O que te fez decidir fazer a sua primeira viagem pela América Latina?

RAPHAEL GIRELLI: Eu decidi quando eu tinha 22 anos, estava terminando a faculdade e refletindo bastante sobre a minha vida. Eu comecei a trabalhar cedo, e na época estava em um ritmo muito corrido nos estudos e no trabalho, mas então recebemos férias coletivas, e comecei a planejar o que fazer com esse tempo. Eu estava morando sozinho em Belo Horizonte e meus pais em Vitória, eu decidi que iria visitá-los, mas não queria ir direto, eu tinha acabado de trocar de moto e queria fazer alguma viagem no caminho.

Foi quando eu fiquei sabendo do trajeto da Estrada Real, eu vi as imagens da estrada de terra, li os relatos, achei incrível, e decidi que seria por ali que eu iria. Arrumei as coisas e fui, desci de Belo Horizonte até o início da rota em Ouro Preto e depois fui descendo por toda a estrada de terra até chegar no Rio de Janeiro. Foi uma aventura.

Quando eu cheguei no Rio de Janeiro, era 27 de dezembro, a cidade estava completamente lotada. Sem saber pra onde ir, fui seguindo a estrada e cheguei em Copacabana. Agora imagina como são os preços dos hotéis em Copacabana no final do ano, eu pensei: “Vou ter que dormir na rua.”, não tinha como pagar aquilo tudo. Eu estava todo cheio de terra da estrada também, uma situação complicada, mas então eu vi um grupo de mochileiros passando e após um pouco de conversa eles me recomendaram dormir em um hostel, eu nem sabia o que era, mas segui a recomendação e fui ver.

Chegando lá, era um lugar agradável, os quartos eram compartilhados, mas pra mim estava tudo bem, tomei um banho e fui dormir. Na manhã seguinte fui tomar café da manhã e me deparei com uma mesa com gente do mundo todo, eu nunca tinha tido contato com estrangeiros e achei muito interessante. Fiquei amigo de dois franceses e uma espanhola e percebi que hostels eram assim, um lugar onde pessoas do mundo todo se encontravam aleatoriamente e saiam para conhecer as cidades. Eles tinham vinte e poucos anos e já tinham viajado diversos países, isso despertou em mim a vontade de conhecer mais do mundo e naquele momento coloquei uma meta na minha vida, eu, que até então praticamente nem tinha saído do estado, iria em 1 ano fazer uma viagem para fora do Brasil de moto.

Essa viagem foi a Expedição Lost Lander, 232 dias, 7 países e 25 mil quilômetros rodados sozinho, com uma moto e uma barraca.

INVICTUS: Como é a vida na estrada? O que come, onde dorme?

RAPHAEL GIRELLI: A vida na estrada requer planejamento, muita coisa é subjetiva, mas muita coisa não é. Uma moto em bom estado de funcionamento e conservação é inegociável, sua viagem só vai acontecer se você tiver como chegar ao seu destino, é importante também que você esteja física e mentalmente preparado para enfrentar os desafios. Aventuras são incertas por natureza, temos que saber lidar bem quando as coisas não vão como planejamos.

Agora, em relação a alimentação e alojamento, isso varia muito do padrão que a pessoa quer manter. Eu pessoalmente gosto de viajar gastando o mínimo possível, levo minha barraca e passo muitas noites acampado, mas também pernoito em albergues e, devido aos amigos que essa vida me deu, muitas noites durmo na casa de amigos que moram pelo caminho, rumo ao meu destino final.

Com a alimentação é o mesmo, você pode levar comida para preparar em uma fogueira, parar nos restaurantes de beira de estrada, almoçar na casa de amigos ou até parar num restaurante chique se for a sua preferência.

Tem pra todos os gostos!

INVICTUS: Nos conte sobre a expedição “INVICTUS: Até o Fim do MundO”, por que se chama assim? O que te motivou a fazer essa nova viagem?

RAPHAEL GIRELLI: A expedição INVICTUS: Até o Fim do Mundo vai ser a realização de um sonho e uma meta pessoal muito grande. Ela se chama assim pois o destino é a cidade de Ushuaia na Terra do Fogo, ela está situada no extremo sul da Argentina, é a cidade mais ao sul do mapa, é literalmente “o fim do mundo”.

Não é apenas um marco no mapa, a viagem em si é extremamente desafiadora, você enfrenta condições muito adversas pelo caminho como: neve, ventanias, estradas de rípio etc. Chegar lá vai ser um marco na minha vida, mas me sinto confiante em poder contar não apenas com a experiência que conquistei na minha última expedição, mas também com os equipamentos e vestimentas da INVICTUS, assim tenho certeza de que poderei destruir o impossível.

Eu venho idealizando essa viagem a muito tempo e estou muito animado por estar realizando-a em breve. Depois deste período de pandemia, senti que me desconectei muito do mundo, assim como muitas pessoas, e eu quero me reencontrar, comigo mesmo e com a natureza. Estar na minha companhia durante todo esse processo, em cada desafio, é a melhor forma que eu encontrei de conhecer mais sobre mim.

INVICTUS: Te desejamos sorte na viagem, Raphael! Gostaria de deixar uma mensagem para os guerreiros que nos acompanham?

RAPHAEL GIRELLI: Eu gostaria de falar que viajar o mundo de moto, não é algo apenas para um grupo seleto de pessoas. Você não precisa de uma moto de última geração que custa uma fortuna, você não precisa ser um viajante extremamente experiente, você não precisa gastar todo o dinheiro da sua vida nisso.

Você pode começar hoje, com a moto que você tem, dormindo e comendo onde seu orçamento permite e adquirindo experiência pelo caminho. Se prepare, lógico, um planejamento é necessário, mas você não precisa de muito para viver a aventura da sua vida.

E aí, guerreiro, curtiu a entrevista com esse guerreiro do asfalto? Esperamos que sim. Comente abaixo o que achou e nos conte qual é a viagem dos seus sonhos.

Deixamos registrado o nosso agradecimento ao Raphael Girelli, um exemplo vivo do espírito da liberdade e aventura. Respeito máximo, guerreiro!

Não deixe de acompanhar todos os episódios dessa viagem casca-grossa na websérie INVICTUS: Até o Fim do Mundo em nosso canal do Youtube!

INVICTUS

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