Em dois artigos, guerreiro, vamos falar sobre tudo o que aconteceu no Iraque no ano de 1991 e como a Desert Storm nos inspirou para criarmos nossa Campanha de Verão 2022.

Neste artigo você vai ler sobre:

– Desert Storm: Campanha de Verão INVICTUS 2022.
– Produtos INVICTUS para o Verão 2022.
– Origem dos conflitos bélicos no Oriente Médio.
– A Guerra do Golfo: causas, investida americana e fim da guerra.

O QUE É A DESERT STORM PARA NÓS?

O céu iluminado em pleno breu. Aviões de caça cortando o manto escuro noturno. Transporte de mantimentos e deslocamento de tropas através de helicópteros AH-64 Apache. Amplitude térmica, com dias que poderiam chegar próximo de 50 °C e noites com temperaturas próximas de 0 °C. E areia, muita areia, guerreiro. Tudo isso num terreno com planícies desérticas, sem montanhas, rios, fauna ou flora.

Estas são algumas das características do deserto do Golfo, numa extensão imensa que vai do Iêmen até a Jordânia e o Iraque. E, ainda, foi o cenário do Desert Storm, uma operação militar que aconteceu há exatos 30 anos.

Essa foi a Guerra do Golfo e marcou o antes e depois na história bélica do mundo, um verdadeiro marco temporal. A cobertura jornalística ao vivo, algo totalmente inédito até então, a eficiência dos ataques e tecnologias nunca vistas foram algumas das características que o mundo conheceu. E se surpreendeu, guerreiro.

DESERT STORM: O CLIMA VAI ESQUENTAR, GUERREIRO!

Toda essa atmosfera nos motivou e inspirou a criar o conceito de nossa Campanha de Verão 2022. As cores em tons pasteis, TAN e desert, que remetem ao deserto, assim como toda a temática dos anos 90, são os elementos centrais da campanha.

Outra inspiração é o Flare, na fotografia. Para quem não sabe, é o efeito ocasionado quando a luz entra diretamente na lente, formando uma “mancha” circular ou hexagonal. Em paisagens ensolaradas é uma situação recorrente. No deserto tem sol, guerreiro? (contém ironia).

Iremos abordar ao longo do verão alguns artigos sobre nossos novos produtos, mas vamos te informar em primeira mão, o que está vindo por aí. Saca só:

– Linha Masculina Endurance (calça, bermuda e camisas)
– Camisa Xadrez Lumberjack
– Linha feminina Skadi (calça e leggin)
– Bota Tática Interceptor
– Nova linha de hidratação

Dada a relevância histórica do conflito, montamos um dossiê, dividido em duas partes, para você entender melhor o que aconteceu na época, o desfecho, o legado e algumas curiosidades do que rolou na Tempestade no Deserto.

Acompanhe a leitura do artigo e pra cima!

MARCO HISTÓRICO: CONHEÇA OS DETALHES DA GUERRA DO GOLFO

Uma guerra curta, sob o olhar da população mundial. Essas foram uma das características da Guerra do Golfo, um conflito militar travado entre o Iraque e as Forças de Coalizão Internacional, liderada pelos Estados Unidos.

Sob o governo de George H. W. Bush (“Bush pai”), o exército americano mostrou ao mundo novas tecnologias desenvolvidas durante a guerra fria, registradas em tempo real e transmitidas para os quatro cantos do mundo, o que iniciou a era do “jornalismo 24 horas”.

GOLFO PÉRSICO: UMA REGIÃO DE CONFLITOS

Hoje em dia, muitas pessoas quando pensam no Iraque, acreditam que as guerras na região começaram em 2003, que foi na época do ISIS e na luta contra o terrorismo. Contudo, é uma região que envolve problemas de convivência desde os povos curdos, passando pelo Império Persa, a conquista árabe e a conversão dos habitantes ao Islamismo, por citar alguns conflitos que permearam a história.

Logo depois da Segunda Guerra Mundial, movimentos nacionalistas emancipacionistas ganharam força, conquistando a independência e dividindo a região numa disputa velada entre os EUA e a URSS pelo domínio da região. Nessa sequência, ainda tivemos a revolução islâmica e a sangrenta guerra entre o Irã e Iraque.

As motivações são diversas e vão desde a doutrinação religiosa, interesses políticos e, sem sombra de dúvidas, o controle de reservas petróleo, em abundância na região.

CAUSAS E CONTEXTO DA GUERRA

O lapso temporal será o ano de 1979. Com a Revolução Islâmica, o Irã passou a ser governado por radicais, colocando em risco os interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos para a região.

Essa instabilidade e o choque de interesses acabou culminando na Guerra Irã-Iraque, que durou cerca de 8 anos e não teve nenhum vencedor.

Nesse conflito, o Iraque contou com o incentivo militar fornecido por países como EUA e Reino Unido e com empréstimos fornecidos pelo Kuwait e Arábia Saudita. Para recuperar a economia, o então líder iraquiano Saddam Hussein intensificou a venda de petróleo, o bem mais precioso do país.

Contudo, o baixo preço do petróleo na época, motivado por ações vindas do Kuwait, desenvolveram mais tensão diplomática na região. Após frustradas negociações, em julho de 1990, o Iraque invadiu o Kuwait, iniciando a guerra. Foi montada uma Força de Coalizão Internacional, formada por cerca de 750 mil soldados de diferentes nacionalidades, mas liderados pelo exército dos Estados Unidos. O comando da coalizão internacional foi entregue ao general norte-americano Norman Schwarzkopf. Entre os países participantes se destacou a participação do Reino Unido, França, Egito, Arábia Saudita, Senegal, Síria e Qatar.

CAMPANHA AÉREA, TERRESTRE E A ORIGEM DO TERMO DESERT STORM

A Guerra do Golfo começou com uma campanha de ataque aéreo do exército de coalizão, comandada pelo general americano Chuck Horner. A ofensiva iniciou em 17 de janeiro de 1991 e contou com mais de 100 ataques, tendo lançado mais de 88.500 toneladas de bombas.

O constante ataque aéreo, que destruiu rapidamente boa parte da infraestrutura militar do Iraque, se chamou Desert Storm ou, em português, Tempestade no Deserto. O nome era alusão ao céu de Bagdá durante à noite, com os mísseis sendo lançados através de caças, onde se destacaram o F-117 Nighthawk, apelidado de “Stealth”, o F-14, mundialmente conhecidos pelo filme Top Gun, o F-15 e o míssil guiado Patriot, responsável por enfrentar a ameaça dos mísseis Scud.

Em paralelo e, para evitar um possível avanço das tropas iraquianas, o exército de coalizão montou uma linha defensiva ao longo de toda a fronteira da Arábia Saudita com o Kuwait e com o Iraque.

Depois de mais de um mês de ataque aéreo, no dia 23 de fevereiro, iniciou o ataque terrestre através do avanço da linha defensiva. Em contrapartida, as tropas iraquianas lideradas por Saddam Hussein retaliaram atacando Israel e Arábia Saudita com mísseis balísticos Scud, de curto alcance.

Bases militares, hangares, posições defensivas, comboios, antenas de radares e plataformas de mísseis antiaéreos foram destruídos pelos bombardeios e facilitaram a incursão terrestre.

A superioridade aliada pelo ar, proporcionada por tecnologia de ponta que iremos abordar mais à frente, foi também pela terra: os tanques de guerra aliados eram superiores aos modelos utilizados pelos iraquianos, além de soldados terem melhores treinamentos e oficiais mais capacitados.

O FIM DO CONFLITO ARMADO

A ofensiva da armada da coalização e as revoltas populares antigoverno, principalmente no sul do Iraque, motivaram o acordo de cessar fogo e o fim do conflito armado.

O exército liderado pelos Estados Unidos não apoiou uma ação militar direta em defesa das revoltas populares internas, nem ordenou a invasão a Bagdá. O governo americano acreditava que o desgaste financeiro e humano seria gigante, além de criar desestabilidade com os países islâmicos que faziam parte da aliança militar.

No dia 10 de março de 1991, mais de 500 mil soldados americanos começaram a deixar a região e retornar aos Estados Unidos. Eles retornariam em 2003, sob ordens do agora filho George W. Bush, mas isso é história para um outro artigo, guerreiro.

Este é o ponto final da primeira parte de nosso artigo. Em breve, vamos lançar a segunda parte, contando um pouco sobre a tecnologia aplicada no conflito, além de como a cobertura jornalística mudou a maneira de consumir notícias. Também teremos umas dicas de leitura e uma novidade em nosso canal de Spotify. QAP, blz?

INVICTUS

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