GUIA INICIANTE DE LÂMINAS PARA EDC URBANO E OUTDOOR – PARTE II

A segunda parte do artigo mais afiado de nosso blog, que vai completar o seu conhecimento básico sobre lâminas.

Depois do sucesso do artigo GUIA INICIANTE DE LÂMINAS PARA EDC URBANO E OUTDOOR – PARTE I, chega até você, meu caro guerreiro, sua segunda parte! Nela, iremos abordar novas informações sobre lâminas que tanto gostamos e estimamos.

Nesse contexto e sem mais rodeios, conheça mais sobre os tipos de cabos e pontas de facas e canivetes, além de nossas dicais finais, forjadas no mais robusto conhecimento cuteleiro.

Se gruda no sofá, abre uma cerveja gelada e parte pra cima de nosso artigo:

3.2 – TIPOS DE CABO

O cabo, também conhecido como empunhadura, é uma peça transcendental da lâmina. Ele é responsável pela ergonomia do produto, assim como o conforto na utilização no dia a dia. É por isso que ele pode ser produzido por diversos materiais, que se adaptam de acordo com a necessidade de uso.

Veja a seguir, guerreiro, os principais materiais que compõem o cabo de uma lâmina:

G10 (fibra de vidro)

A composição de cabo em G10 detém uma ótima relação custo x benefício e usabilidade. Ele proporciona uma pegada ergonômica, confortável e antiderrapante, sem deixar de lado a robustez.

Fibra de Carbono

Resistência e durabilidade são suas principais virtudes, sendo que a composição apresenta peso semelhante ao do plástico comum e proporciona resistência à abrasão e durabilidade.

Aço inoxidável

Quem curte clássicos, vai sem dúvida se identificar com o cabo em aço inoxidável. Eles são extremamente duráveis e resistentes ao desgaste, sem deixar de lado o tradicionalismo.

Polímero de alta resistência

Cabos em polímero vêm ganhando cada vez mais força entre os amantes de lâminas. O motivo é simples: é possível deixar sua faca ou canivete mais leve, sem perder a qualidade de usabilidade e resistência ao desgaste cotidiano.

Celeron

Cabos em Celeron fazem parte do suprassumo do mundo da cutelaria. Eles são compostos de material sintético composto de malha de algodão e resina, detendo elevada resistência mecânica e química.

Isso quer dizer que, independentemente do uso de sua lâmina, ela será praticamente indestrutível.

Chifre de Cervo

Mais ligado à produção artesanal, o chifre de cervo é um material extremamente resistente, além de deixar sua lâmina com um ar rústico. Este tipo de cabo vem sendo utilizado desde os primórdios das civilizações ocidentais, onde no inverno são colhidos os chifres que caem e crescem novamente na primavera.

3.3 – TIPOS DE PONTA

Ainda, lâminas podem ser diferenciadas de acordo com sua ponta, existindo inúmeros tipos. De nada adianta você procurar uma faca com alto poder de perfuração e adquirir, por exemplo, um modelo com ponta Drop Point.

Por isso, mais uma vez reafirmamos: é necessário você conhecer o seu equipamento, trazendo para sua realidade a maior e melhor usabilidade. Qual o seu propósito? O que irá aumentar o seu EDC de maneira prática? Veja aqui algumas das principais pontas:

Ponta Normal ou Straight Back

A lâmina que detém uma ponta “normal” ou de “espinha reta” é o tipo mais comum e simples de ponta. Basicamente, ela possui uma espinha cega (não afiada) e um fio de lâmina curvo. Assim, por conta de a espinha não ser afiada, é possível aplicar maior força e pressão no corte. Por este motivo, é uma ponta de lâmina indicada para cortar e fatiar, o que a faz muito popular na culinária.

Como mencionado, esta ponta também é conhecida como ponta Straight Back.

Clip Point

A ponta Clip Point é mais fina, o que ocasiona maior controle na execução de tarefas de corte de precisão, além de melhorar a capacidade de perfuração. É por este motivo que facas indicadas para combate urbano, possuem, geralmente uma ponta do formato clipe.

Drop Point

A ponta Drop Point é menos indicada para perfuração do que outras, porém ela é bastante resistente e eficaz para diversas ocasiões do dia a dia, tanto num EDC urbano quanto na prática outdoor.

Spear Point

A principal característica da ponta Spear Point é a simetria. A lâmina com este tipo de ponta possui duas curvas convexas que se juntam no centro de sua faca ou canivete. Com isto, ela pode receber fio dos dois lados ou apenas de um. Este tipo de ponta é muito utilizado em adagas ou até mesmo em facas de arremesso.

Needle Point

As lâminas em formato Needle Point também possuem um formato simétrico, contudo ao contrário da Spear Point, possui duas curvas concavas para formar sua ponta. Uma curiosidade é que lâminas no formato Needle Point tendem a ser a não ser muito resistentes.

Sheeps Foot

Este tipo de lâmina possui uma lâmina com fio reto e uma espinha com uma curva côncava acentuada ao chegar perto da ponta. Assim, ela oferece mais controle e melhor apoio dos dedos, sendo possível alavancar a ponta para alguns fins específicos que exigem agilidade.

Pen Blade

Lâminas em Pen Blade ou formato de caneta são muito utilizadas em pequenos canivetes. Elas são similares às lâminas em Spear Point, mas possuem uma curvatura mais gradual. Tradicionalmente, um lado é afiado e o outro não.

Trailing Point

As lâminas em Trailing Point possuem uma espinha curva bastante característica e peculiar. Isso porque o fio da lâmina acompanha a linha da espinha, formando uma curva comumente chamada de “barriga”. Por esta característica, é uma faca muito utilizada para esfolar e remover pele de animais.

Tanto

As lâminas do tipo Tanto possuem um fio em chisel inspirada pela espada japonesa katana que forma uma ponta bastante resistente. Uma curiosidade é que seu nome se refere a uma ponta de uma espada samurai que era excelente para perfurara armadura, muito utilizada na cultura oriental.

Wharncliffe

A ponta Wharncliffe se destaca, sem sombra de dúvidas, pela espessura da lâmina. Ela é bem parecida com a ponta Sheeps Foot, mas a curvatura se inicia muito antes.

CONCLUSÃO SOBRE CUTELARIA: 4 DICAS FINAIS

Sem sobra de dúvidas, guerreiro, o assunto lâminas é tão longo e interessante que poderíamos facilmente escrever livros sobre. Mas aqui, meu irmão de batalha, precisamos nos ater a dicas práticas.

Pensando nisso, realizamos um compilado de informações adicionais sobre facas e canivetes:

1. O que serve para outro pode não servir para você. Cada um tem gostos e preferências diferentes, então, antes de rejeitar um modelo é interessante avaliar ele dentro da sua realidade e não seguindo apenas opiniões alheias.

2. Não existe a “lâmina perfeita”, por mais frustrante que isso seja. Cada equipamento terá seus pontos fortes e fracos, e a grande sacada é você ser capaz de reconhecer cada um deles e usar a ferramenta da forma certa.

3. Mantenha o seu foco sempre em dois pontos: Utilidade e conforto. Se você conseguir realizar as tarefas que precisa e a lâmina não lhe gerar desconfortos como bolhas ou dores, parabéns, seu equipamento é perfeito para este uso em particular.

4. Cutelaria é um mundo complexo. Estude sobre o assunto.

Hoje você entendeu os princípios mais práticos que podem ajudar você a escolher a sua lâmina companheira ideal. Esteja preparado e fique sempre #ProntoPraTudo, guerreiro!