O Bope-RJ foi eternizado pelo cinema nacional, que ilustrou o preparo físico, psicológico e a ação em campo dos Caveiras. Mas você conhece profundamente sua origem, evolução e treinamento?
Confira hoje tudo sobre o BOPE-RJ, o Batalhão de Operações Especiais mais casca-grossa do mundo, em constante combate e vitória. O lema ilustra a determinação dos operadores especiais: Vá e Vença! CAVEIRA!
A ORIGEM DO BOPE-RJ
O Bope do Rio de Janeiro teve sua criação no final da década de 1960, no contexto do Regime Militar e da crescente ação de Guerrilhas Revolucionárias contrárias ao governo da época. O sequestro do embaixador norte-americano, ataques a unidades militares e órgãos públicos, entre outras coisas, deu luz à necessidade de um grupamento especializado em contraterrorismo.
Em julho de 1969, por iniciativa do Exército Brasileiro, formou-se a primeira turma da unidade precursora do Batalhão de Operações Especiais, à época chamado Grupo de Operações Especiais. O curso de formação foi uma adaptação do curso de formação dos COMANDOS aplicado à realidade do confronto urbano policial.
Trágicos episódios de gestão de crises foram catalisadores da evolução tática que resultou na criação do BOPE, como o incidente trágico no Presídio Evaristo de Moraes ou o sequestro à arma de fogo no Ônibus 174, nos anos 2000, no qual a refém infelizmente foi vitimada em uma ação policial frustrada.
Por outro lado, atualmente, o BOPE-RJ é uma referência internacional em combate urbano e, em recente operação, demonstrou o preparo impecável na gestão de crises e assertividade tática.
A tragédia de 2000 não se repetiu 19 anos depois, na ponte Rio-Niterói: após mais de 3h de negociação, o agressor foi neutralizado por um franco-atirador do BOPE RJ. O disparo incapacitou-o imediatamente e a operação foi um sucesso.
Quando os operadores do BOPE são chamados, a resposta é simples: missão dada, é missão cumprida. Os operadores táticos do BOPE RJ vivem uma realidade de combate assimétrico.
Isso é demonstrado segundo dados da Polícia Civil do estado: em 2020, constatou-se 1,4 mil favelas, das quais 81% estão dominadas pelo tráfico de drogas – a criminalidade violenta conta com um efetivo superior ao total da PMERJ, com 56,6 mil criminosos contrapostos a 44 mil guerreiros.
Mas os números são irrisórios para os caveiras. A frequência (maior do mundo) de combates urbanos, o treinamento tático avançado e constante, a coragem e perseverança fazem surgir do caos, guerreiros únicos, realmente prontos pra tudo.
COMO SE TORNAR UM CAVEIRA?
Para estar apto a se voluntariar para os cursos de formação e ingresso no BOPE-RJ, o guerreiro deve pertencer ao quadro efetivo de Policiais Militares do Rio de Janeiro. Portanto, a primeira batalha é o ingresso por meio de Concurso Público, na PMERJ.
Em 2021, um decreto do executivo estadual autorizou uma nova seleção para guerreiros, com 2.127 vagas, e o candidato deveriam ter entre 18 e 32 anos no ato da inscrição.
Uma vez em exercício, seja soldado ou oficial, é necessário que o guerreiro conquiste 2 anos de efetivo serviço, com comportamento militar definido como bom e conduta impecável, digna de um guerreiro do BOPE.
Curso de formação do BOPE-RJ
Atualmente, o Batalhão de Operações Especiais contempla 2 tipos de cursos de formação: o COEsp (Curso de Operações Especiais) e o CAT (Curso de Ações Táticas). Os dois são extremamente rigorosos em sua seleção, e ambos habilitam o operador a ingressar nas fileiras do BOPE.
A partir de 2016, o aumento do número de ocorrências não convencionais exigiu um esforço do BOPE RJ em otimizar tempo sem perder qualidade de preparação, ocasionando no CAT, um curso mais sucinto (5 a 6 semanas), para soldados e cabos.
Por outro lado, o COEsp apresenta maior duração (6 meses) e sua carga horária mais elevada leva consigo maiores aprofundamentos técnicos e teóricos na preparação dos operadores especiais.
Esses combatentes têm instrução de combate corpo a corpo, instrução tática individual, operações em altura, socorro em urgência, táticas especiais, entre outros. Todos são habilitados física, mental e psicologicamente de forma intensiva.
Aliás, um requisito indispensável para os caveiras é o espírito de guerreiro, concretizado nos 11 mandamentos das operações especiais, que sustentam o espírito de corpo e o sucesso nas missões.
COMO É O TREINAMENTO DE UM CAVEIRA?
Treinamento duro, combate fácil. O ditado está gravado nos aposentos do grande Batalhão do BOPE do Rio de Janeiro, e resume bem a rotina de um guerreiro do BOPE.
Quando não estão empenhados em operações, os caveiras performam rigorosos treinamentos físicos e táticos, como:
Progressão em áreas conflagradas;
Defesa pessoal;
Musculação;
Tiro tático.
O adestramento para a tomada de decisão também é exercitado, dada sua natureza crítica nas operações especiais executadas que exigem decisões rápidas, assertivas e inteligentes.
O batalhão é equipado com todo o equipamento necessário para os exercícios físicos, com academia de musculação completa, além de infraestrutura para treinamentos táticos avançados, com armamento, munição e pistas de tiro adequadas.
NINGUÉM FICA PARA TRÁS: A PARCERIA ENTRE O BOPE-RJ E A INVICTUS
É com grande honra que, em maio de 2022, produzimos a Websérie “NINGUÉM FICA PARA TRÁS”. Em quatro capítulos, apresentamos o passado e o presente dos Caveiras e dos seus veteranos, numa produção jamais vista no Brasil.
Mas isso não é tudo, guerreiro! Ainda, acabamos de lançar a “Concept BOPE-RJ“, numa ação inédita com a Unidade de Elite da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Ao adquirir este produto, além de levar para seu loadout uma peça irada, você estará ajudando a AVABOPE – Associação de Veteranos e Amigos do BOPE pois, todo o lucro da mesma será revertido em ações em prol de veteranos e caveiras.
A INVICTUS brada honra aos caveiras, guerreiros vitoriosos sob a morte, e dedica essa homenagem também aos que tombaram em combate, cumprindo a missão com o brilho de quem dedica a vida à defesa do próximo, pois aqui, NINGUÉM FICA PARA TRÁS!
CAVEIRA!
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