COMANF, ou Comandos Anfíbios, são a tropa de elite da Marinha do Brasil, e a caveira que ostentam no brevê não está lá à toa, guerreiro.
Conheça hoje a história da unidade de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais e saiba quem são esses guerreiros implacáveis em mar e terra. Prossiga, naval!
O QUE É O COMANF?
O COMANF é a unidade de Operações Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais. Os fuzileiros são a força expedicionária da Marinha brasileira, responsáveis por missões anfíbias, isso é, do mar para terra-.
A história do COMANF se inicia em 1971.Nesse mesmo ano foi formada a primeira turma da Escola Naval no Curso de Contraguerrilha (ConGue). Era o início das operações especiais dos fuzileiros navais.
Ao longo das décadas, a tropa de elite altamente adestrada dos Comandos Anfíbios cumpriu diferentes missões em solo nacional e estrangeiro e, atualmente, o ilustre Batalhão Tonelero organiza-se em uma Companhia de Comando e Serviços, três Companhias de Operações Especiais e uma Companhia de Apoio de Operações Especiais.
A estrutura completa é o que faz dos fuzileiros navais do COMANF, os grupamentos mais operativos, podendo cumprir qualquer missão de interesse da Marinha a qualquer hora, em quaisquer circunstâncias e lugares.
Como é o treinamento de um COMANF?
A primeira missão do dia do guerreiro Comandos Anfíbios é o TFM (Treinamento Físico Militar).
Para cumprir este treinamento, todo fuzileiro inicia o dia com exercícios funcionais de força e agilidade, com equipamento e armamento de serviço, sem exceção. Afinal de contas, esses guerreiros condicionam o corpo para lidar com mais facilidade com o peso que carregam em operações.
Além disso, o intercâmbio de treinamento físico entre unidades de elite é comum. Militares norte-americanos como os SEALs, precisaram se adaptar em ambientes conflagrados como o Oriente Médio, para manter uma rotina de exercício que fizesse sentido em suas bases. O conhecimento prático chegou aos nossos Fuzileiros.
Assim conta o tenente Torres, do Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais.
Os homens do COMANF também contam com diversos treinamentos em água, mar e terra, como CQB, Paraquedismo, Guerra na Selva, missões de assalto, negociação e resgate, entre outros.
MISSÃO DO COMANF
O Batalhão Tonelero dos Comandos Anfíbios executa 4 tipos principais de operações especiais:
– Ações de Reconhecimento;
– Ações de Comandos;
– Ações de Retomadas e Resgate;
– Ações Contraterrorismo.
Quando o ambiente operacional é predominantemente terrestre, os Comandos Anfíbios são acionados para infiltração, que ocorre por meio da água. Quando os inimigos os virem, guerreiro, pode ter uma certeza: será a última vez.
Atualmente, o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais é o maior, mais bem estruturado, com o maior quantitativo de operadores e a unidade mais testada em missões de combate direto, seja em ambiente interno (Garantia da Lei e da Ordem ou Intervenções Federais) ou em ambiente externo (Missões de Paz da ONU).
Quando falamos em uma operação anfíbia conduzida pelo COMANF, falamos de uma operação naval lançada via mar por uma Força-tarefa anfíbia sobre uma região no litoral que seja hostil, potencialmente hostil ou até mesmo permissiva.
O objetivo é introduzir uma Força de Desembarque para cumprir as missões designadas, que podem ser:
– Realizar ações de Comandos;
– Reconhecimento de praia da linha de baixa-mar para o interior;
– Reconhecimento especializado de itinerários, passagens a vau, pontes, túneis, obstáculos e pontos críticos;
– Selecionar, reconhecer, balizar e operar Zonas de Desembarque e de Lançamento, e guiar a tropa por itinerários conhecidos para contribuir com a aplicação do Poder Naval;
– Vigilância e segurança portuária e terrestre.
COMO SER UM COMANF?
Guerreiro, para se tornar um combatente do COMANF, primeiramente é necessário pertencer às fileiras do Corpo de Fuzileiros Navais.
O ingresso é feito via Concurso Público, e exige principalmente, dentre os requisitos:
– Ensino médio ou técnico completo;
– Ser brasileiro do sexo masculino;
– No mínimo 18 e no máximo 21 anos, em 30 de junho do ano de formação.
Após conquistar sua vaga, o curso de formação de Soldado Fuzileiro Naval levará aproximadamente 17 semanas em regime total de internato até a formação, nas dependências do Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves, no Rio de Janeiro.
Uma vez formado, o guerreiro será designado para uma das unidades da federação entre: RJ, BA, RS, RN, MS, AM, PA, SP e DF.
No terceiro ano, então, será possível escolher entre as 11, a arma de preferência: Aviação, Blindado, Enfermagem, Eletrônica, Corneta e Tambor, Artilharia, Infantaria, Escrita, Motores e Máquinas, Engenharia ou Comunicações Navais.
Após estabelecido na carreira de Fuzileiro Naval, resta treinar física e mentalmente para o Curso Especial de Comandos Anfíbios (CEsComAnf), que tem duração de 8 meses e prepara o combatente para todo tipo de operação especial.
E aí, guerreiro, está disposto a conquistar o seu gorro preto?
SE COMANDOS, VOCÊ QUER SER…
Ouçam bem o que eu vou dizer!
Guerreiro, não existe caminho fácil para conquistar o tão sonhado gorro preto.
Por isso, no seu caminho para se tornar um caveira, treine com o melhor: caminhe lado a lado com a INVICTUS, que carrega o DNA 100% tático e leva a alta performance nos treinos tanto àqueles que se preparam, como aos que já vivem as operações especiais.
Guerreiro, persevere!
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