Certas habilidades e conhecimentos são indispensáveis, guerreiro. E outros, nem tanto. Dizem por aí que que podemos fazer um nó de gravata de 18 maneiras diferentes. Mas para nós, o que vale mesmo, é conhecer o melhor nó para salvamento numa situação extrema. É um nó que nos ajude a montar uma grelha e poder assar nossa comida no meio da natureza. É sentir a liberdade, parceiro.
Seja numa operação tática, numa atividade outdoor ou em uma situação de emergência, saber qual nó se aplica em cada situação é algo que, literalmente, pode salvar uma vida.
COMO A HISTÓRIA FOI INFLUENCIADA PELOS NÓS?
Desde o início dos tempos, o homem aprendeu a utilizar a natureza a seu favor. Seja para caçar ou para gerar conforto, ele criou ferramentas que facilitaram a execução de tarefas do cotidiano, como garantir a alimentação, carregar objetos pesados ou se defender dos perigos da vida primitiva.
A primeira ferramenta que se tem notícia foi uma espécie de faca maciça. Ela foi criada a partir de uma pedra lascada, tendo uma ponta afiada de um lado e arredondada do outro. E essa pedra era unida a um cabo feito de madeira, a partir de uma amarração feita com fibras vegetais resistentes, encontradas na natureza.
Com o passar do tempo, ferramentas foram evoluindo e sendo aprimoradas. No começo do período neolítico (de 1900 a.C. a 1000 a.C) é que surgem machados mais resistentes para derrubar árvores e enxadas para começar a trabalhar na agricultura, o que acabou facilitando o desenvolvimento da agricultura.
Também foi na época que surgiram vestimentas mais elaboradas, utilizando nós e posteriormente costuras para desenvolver roupas e calçados utilizados para se proteger das adversidades climáticas e da natureza.
EVOLUÇÃO, EVOLUÇÃO
Por isso, a utilização de nós e amarrações foram um dos primeiros princípios científicos compreendidos pelo homem. Ele entendeu que um bom nó é eficaz se suportar o atrito: quanto maior a carga, maior o atrito.
Assim, o homem primitivo compreendeu que as primeiras pontes suspensas poderiam ser construídas a partir de amarrações: A engenharia tem suas origens a partir do nó. Esse conhecimento foi imprescindível para nossa evolução e são conhecimentos e habilidades indispensáveis, inclusive nos dias de hoje.
Por exemplo, na antiga Mesopotâmia, a profissão de “atador” era uma das mais requisitadas na sociedade. Foi a partir dos aprendizados sobre nós que grandes blocos de pedra montaram as pirâmides do Antigo Egito.
UMA MEDIDA DE VELOCIDADE
A influência para a história é tão grande que é como se mede a velocidade náutica de embarcações. Lógico que não como era feito no século XVI. Antigamente, era através de uma corda marcada que os barqueiros conseguiam descobrir a sua velocidade, calculada em nós. Hoje, 1 nó marítimo equivale a 1,852 quilômetros ou uma milha náutica por hora.
NÓ: UM AMIGO NA SOBREVIVÊNCIA
Estar preparado para qualquer tipo de situação diminui as chances de dar errado em quase 100%. A partir do conhecimento de amarrações, por exemplo, é possível realizar abrigos em atividades outdoor ou criar receptores de chuva que possam fornecer água, mantendo o corpo hidratado. Também é possível utilizar nós na criação de grelhas ou artefatos para assar carnes ou vegetais numa fogueira.
No retorno do homem às práticas mais primitivas, o nó é uma ferramenta imprescindível. E o domínio e conhecimento no assunto é fundamental.
GUIA PRÁTICO: NÓS INDISPENSÁVEIS PARA O SOBREVIVENCIALISMO
Lais de Guia
Ele é simplesmente um dos mais conhecidos e usados nós, utilizado para formar uma laçada corrediça que não estrangula, além de possuir um rápido desatado.
Sua implementação se dá em resgates verticais e pode ser feito com apenas uma mão. Contudo, tenha cuidado: se mal executado, o nó se desmancha com facilidade.
Escota
Um dos nós mais importantes para situações de emergência é o de escota. Sabe quando você tem um cabo que não é grande o suficiente para a tarefa que está executando e precisa juntá-lo com outro cabo?
O que acontece, muitas vezes, é que ambos não só são de tamanhos diferentes como, também, de materiais e espessuras distintos.
Esse tipo de nó é muito confiável porque você pode puxar as cordas o quanto quiser que ele não vai soltar. Existe também a variação alceada, que facilita que ele seja desatado.
Nó direito
Este nó possui as mesmas características que o Escota, mas serve para amarrar cabos com espessuras iguais. Por isso, se você precisa amarrar algo e não correr o risco de soltar, use o nó direito.
Entre as vantagens do nó direito estão a facilidade de fazer, a simplicidade para desatar e, também suas múltiplas aplicações. Assim como o escota, existe também uma versão alceada.
Balso pelo seio
O Balso pelo seio é um nó usado geralmente por escaladores para transporte de pessoas e feridos por sistemas como a tirolesa. Suas alças são movediças podendo o indivíduo adaptá-las ao corpo conforme queira. Uma alça deve passar pelo peito à bandoleira e a outra pela cintura.
Este nó distribui melhor o peso do corpo pela corda em caso de queda.
Prussik
Usado por montanhistas em subidas ou descidas verticais, ele possui a particularidade de prender quando aplicada força em sua alça.
Por isso, este nó é muito utilizado para subidas ou descidas verticais. Uma vez feito, ele pode correr pela corda principal, afinal se firma apenas ao aplicar o peso sobre ele.
Volta do fiel
Utilizado principalmente para amarrar uma corda em uma estaca, troncos de árvores ou até mesmo amarrar algum animal. É um nó firme e de execução muito rápida e fácil de desamarrar quando necessário.
DICAS FINAIS QUE FAZEM A DIFERENÇA
– Leve sempre em sua mochila uma corda de, pelo menos, 8 milímetros e com 4 metros de comprimento.
– Tenha sempre seu canivete tático bem afiado. Isso facilita que a corda não fique “definhando” na hora de cortar.
– Em situações extremas, você pode utilizar o cadarço de sua bota tática para realizar nós.
– Treine como fazer um nó e aprenda a fazer em situações diversas: de olhos fechados, flutuando na água, com apenas uma mão.
Lembre-se: você precisa saber exatamente qual é o nó mais indicado para cada situação.
E você, tem algum para recomendar? Já se preparou numa atividade limite, onde o conhecimento de nós foi imprescindível? Compartilhe com a gente aqui nos comentários, afinal de contas, sobrevive quem se prepara.
2 Comentários.
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Como lavar calça tática da invicta.
– Para manter as características do tecido por mais tempo, lave a peça ao avesso e sempre com cores similares à temperatura máxima de 30º C.
– Não utilize alvejantes, não utilize processos de lavagem a seco e seque à sombra. Passar à temperatura máxima de 180º.