Vamos falar sobre o treinamento militar do combatente e a peculiaridade de alguns grupos de elite espalhados pelo mundo
Ele mora na guerra. Quando sai pra jantar, meu chapa, não é à luz de velas, é debaixo de fogo brabo. A cama é, muitas vezes, uma trincheira abarrotada de homens que arriscam suas vidas sob uma forte chuva de granadas e mísseis. É, meu parceiro pra sobreviver no dia a dia de um militar tem que ter muito equilíbrio e peito, e ambos são moldados nos mais extremos treinamentos militares do mundo.
No texto a seguir o blog INVICTUS vai falar um pouco sobre os métodos de treinamentos que transformam combatentes em máquinas de guerra. Eles são treinados para não sentir dor, mas sabem que a dor faz parte do caminho; eles são treinados para nunca perder o rumo da vitória, pois isso pode custar a própria vida.
A primeira arma de guerra
Você já parou pra pensar que o corpo humano foi a primeira arma de guerra da história? Imagine, a construção física dos nossos ancestrais tratou de, por muito tempo, determinar a força de um indivíduo perante o outro, das disputas mais simples como a tomada de posse de uma caverna à evocação de liderança frente uma tribo.
Treino físico
A construção da anatomia humana é complexa e, quando exposta a exercícios frequentes, ganha características que vão além de mera perfeição e força muscular. É comum ouvir que o militar nunca para de treinar, e essa é uma verdade imprescindível dentro dos quadros de elite.
Os treinamentos militares que dizem respeito ao corpo e potencialização de habilidades também servem com a mesma importância na resistência à fadiga e exaustão, bem como às necessidades comuns ao cotidiano como fome e sede. Pense, num ambiente devastador de guerra, onde o imprevisível é servido no café da manhã, as preocupações com alimentação vão pelo ralo.
Por isso, além dos treinos táticos para tiros precisos, assaltos bem-sucedidos, paraquedismo e rapel, por exemplo, é importantíssimo o conhecimento e adaptação às técnicas de sobrevivência em ambientes hostis. Por isso são conhecidas as técnicas de caça a animais silvestres e a improvisação de abrigos, dominar tais habilidades é primordial.
O controle da mente
O ambiente da guerra é único, seja ele do lado mais forte ou mais fraco; no combate ao crime numa cidade ou num conflito entre nações, a tensão impera. Para se juntar a uma linha de frente de elite o combatente se expõe a treinamentos que aos olhos dos leigos beiram a insanidade. São jornadas pesadas que podem levar anos em busca da forja de um soldado implacável (e não é à toa a ocorrência de mortes em treinamentos).
Durante todo o processo de formação desses homens e mulheres, são avaliadas também as condições psíquicas dos participantes. Imagine você numa guerra, longe da família, ferido ou até mesmo presenciando a baixa de um companheiro ou de civis inocentes; convivendo diariamente com a tomada de decisões que podem significar o tudo e o nada ao mesmo tempo. E aí, você teria pulso?
Por isso é importante salientar que esse duplo preparo, tanto físico quanto mental, faz parte de uma só engrenagem. Ambos devem andar alinhados pelo equilíbrio e a frieza na hora de proceder de forma inequívoca na missão.
Os Exércitos mais casca grossas
Bom, agora que a gente já se ambientou no mundo árduo dos treinamentos militares, vamos abordar cinco curiosidades sobre o tema utilizando características dos grandes esquadrões mundo afora.
- SEALS (EUA)
A principal força da Marinha dos Estados Unidos é um dos grupos mais letais em combate. Não é pra menos, os caras encaram uma jornada de 30 meses de preparo e, ainda assim, os que conseguem se formar se tornam “baby seals”. Imagina então o grau de preparo dos veteranos. Entre os diversos treinamentos extremos, os aspirantes a seal são algemados nas mãos e nos pés, e após isso são lançados numa piscina. Para se soltarem, os soldados precisam buscar a chave das algemas no fundo do tanque e abrir a fechadura. Dá pra encarar?
- SPETSNAZ (RÚSSIA)
É claro que pra falar de coisas extremas não podemos nos esquecer de citar algo que venha da Rússia. Criada ao final da Segunda Guerra, na então União Soviética, a Spetsnaz é especialista em ações de sabotagem, combate à guerrilha e operações urbanas. Um dos momentos “sublimes” dos treinamentos é quando um combatente atira contra o outro (usando coletes, claro). A intenção dessa legítima prova de fogo é medir o grau de frieza do soldado ao receber o impacto do tiro e seu poder de reação para aniquilar o oponente.
- FORÇAS ESPECIAIS DA COREIA DO SUL
Um país que teoricamente está em guerra há mais de 50 anos com seu vizinho homônimo nunca pode dormir. E, além de não dormirem, os sul coreanos encaram o inverno extremo da península para separar “homens de meninos”. Por lá os aspirantes já precisam ser faixas pretas em Taekwondo, e isso é o mais normal pra eles. Os treinamentos brutos mesmo consistem em correr sem camisa em temperaturas de -22º, luta na neve, esquiar com armas pesadas em punho e atravessar lagos congelados a nado. Essa tropa com certeza ultrapassou o limite do sangue frio, é gelado mesmo.
- SHAYETET 13 (ISRAEL)
Os israelenses são presença constante por aqui, é claro, o país possui uma das infraestruturas bélicas mais incríveis do mundo. Lá, homens e mulheres servem ao Exército obrigatoriamente aos 18 anos. É compreensível um Estado tão preocupado assim com sua defesa, já que Israel é o único País judeu de uma região cercada por muçulmanos. Não é preciso nem dizer que as divergências religiosas fervem naqueles lados. A Shayetet 13 é a principal força da Marinha local, seus aspirantes se especializam em operações de mergulho, paraquedismo e saltos de arranha-céus de Tel-Aviv. O mais curioso é que os treinamentos ocorrem também em situações reais, ou seja, é teste pra cardíaco mesmo.
- BOPE (BRASIL)
É claro que não podíamos terminar essa matéria sem falar do nosso Batalhão de Operações Policiais Especiais. Criado em 1970, e atuando com ênfase no combate ao crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro, o Bope se tornou bastante conhecido e reconhecido após o filme Tropa de Elite e a exposição de seus treinamentos. Segundo o pessoal que já esteve na chamada “semana do Inferno”, que inaugura o curso de 3 meses e meio, o bicho pega mesmo. Os alunos dormem uma média de 3 horas por noite, toda a comida é barganhada de acordo com atividades e, em alguns casos, os aspirantes devem se manter de pé em luta corporal contra até oito oficiais ao mesmo tempo. Certamente, é pior que no filme.
Já deu pra sacar que todo esse esforço em se tornar um agente de elite exige dedicação, preparo e a abdicação do conforto que grande parte da população não abre mão, incluindo todo risco à vida. É por isso que esses guerreiros são especiais no sentido literal. A esses homens e mulheres abnegados pela vitória a INVICTUS manifesta toda admiração e respeito, colocando as crenças da marca sempre à disposição daqueles que buscam incessante preparo, preparo e mais preparo para encarar o desconhecido e defender a sociedade.
E aí, curtiu conhecer um pouco mais sobre a preparação física e mental dos guerreiros especiais pelo mundo? Siga acompanhando o blog INVICTUS, em breve podemos falar de outros batalhões cascas-grossas por aqui.
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