Começamos um bate-papo sobre a origem e curiosidades envolvendo os brutamontes do combate terrestre
É bom você estar preparado, porque se começar este assunto da maneira errada, vai acabar lavando a farda de todo o batalhão no pós-guerra. Não tá entendendo nada? A gente explica: hoje o assunto no blog INVICTUS é “carro de combate”. E não estamos falando de qualquer carro não, vamos falar dos blindados, dos trogloditas, dos que fazem o chão tremer com suas esteiras e o inimigo correr da mira de seus canhões. Se depois disso você pensou, “ah, tanque de guerra”, então, meu parça, prepara o sabão em pó e o alvejante. O papo aqui é CARRO DE COMBATE.
Para compreender os anseios de guerra que levaram à invenção da maior arma de assalto terrestre da história, é preciso desmembrar cinco características essenciais ao combate reunidas nesses monstros de aço. São elas: poder de fogo, proteção, mobilidade, ação de choque e informações e comunicações. E aí, ficou fácil visualizar todas essas qualidades portáteis na máquina?
Mas por que tanque?
Essa vai ser a última vez que vamos usar a expressão aqui, beleza? A origem do termo veio com os inventores do CARRO DE COMBATE, os ingleses. Ocorre que o pessoal do “Deus salve a Rainha”, ao desenvolver o primeiro blindado, durante a 1ª Guerra Mundial, usou a palavra “tank” para esconder os protótipos da espionagem alemã. A ideia era parecer que os projetos britânicos nada mais eram que tanques móveis contentores de água, simples assim.
Ainda sobre os antepassados dessa bela máquina de guerra, alguns estudos indicam que Leonardo da Vinci, o próprio, tenha idealizado os primeiros rabiscos de um veículo de estrutura forte e canhões implacáveis.
O primeiro carro
Já falamos que os britânicos, capitaneados pelo famoso Winston Churchill, foram os grandes mentores, então, apresentamos o Mark 1. Ele é o primeiro carro de combate da história. Dentre suas características mais notáveis estavam as grandes lagartas (esteiras), que possibilitavam ao veículo a escalada de obstáculos; e suas armas instaladas nas laterais, com a justificativa de manter seu centro de gravidade baixo.
Como sabemos, depois de todo invento, os similares ou upgrades não demoram a aparecer, e dentro de uma guerra isso se firma como uma grande corrida pela glória. Nessa “brincadeira” beligerante, França e Alemanha não ficaram para trás e logo apresentaram seus modelos, o Schneider CA1 e o A7V, respectivamente.
A globalização dos blindados
Com a Segunda Guerra Mundial explodindo tudo e a tecnologia em crescente, não demorou para que os países protagonistas apresentassem as máquinas que definiriam os rumos do combate. Muito mais complexos e evoluídos, os veículos demonstravam mais força e velocidade, além do poder de destruição ainda maior de seus canhões.
No lado nazista se destacam os complicadíssimos na pronúncia, Panzerkampfwagen VI Tiger e Panzerkampfwagen VIII Maus, este último (foto), desenvolvido por Ferdinand Porsche, criador do Fusca.
Já na frente soviética, um dos carros de combate mais poderosos de todos os tempos, o T-34. Considerado de porte médio, ele foi utilizado pela União Soviética e mais 39 países em diversas guerras, sendo produzido de 1940 a 1958. Dois dos grandes trunfos dessa máquina, e que justifica sua numerosa frota no front, foram seu custo baixo e facilidade de fabricação. E aí, compraria um pelo custo x benefício?
Pelo lado Yankee, o M4 Sherman é o grande carro de combate. Utilizado até hoje por diversos exércitos, incluindo o Exército Brasileiro, ele foi construído com o objetivo de destruir qualquer blindado do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
Porém, com o tempo, o carro perdeu a moral, e sua excelente capacidade de manobrar não foi capaz de acobertar seu grande defeito: uma blindagem pouco eficiente e de fácil combustão. Por essas falhas, o Sherman ainda ganhou um apelido pejorativo: “Ronson”; que fazia alusão a uma marca de isqueiros má afamada por conta de explosões e incêndios na mão do usuário.
Já deu pra perceber que carros de combate são estruturas muito fortes, mas não indestrutíveis. Suas divisões compõem a cavalaria dos exércitos e são muito importantes, porém, ainda apresentam vulnerabilidade perante infantaria, armas anticarro teleguiadas, helicópteros anticarro, minas terrestres e, claro, aviões.
E aí, gostou do tema? É claro que ainda tem muito mais sobre o assunto. Deixe suas sugestões. Quem sabe numa próxima abordagem o blog INVICTUS traz uma seleção com os mais modernos carros de combate da atualidade.
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