Sendo o resgate um dos pilares essenciais do Sobrevivencialismo, é notável a procura por cursos para adição de conhecimento ao repertório do preparador. Como uma graduação em medicina ou mesmo em enfermagem irá demandar um tempo que a maioria não tem disponível, a melhor opção são os cursos APH – Atendimento Pré-Hospitalar, sendo esse o nosso assunto de hoje.
O que é o APH?
O Atendimento Pré-Hospitalar é aquele realizado com o intuito de prestar a primeira assistência às vítimas de acidente ou acometidas por emergências clínicas, por exemplo, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, convulsões e etc.
Esse atendimento inclui a realização de procedimentos médicos adequados à situação da vítima e seu transporte para uma unidade de pronto-atendimento.
A importância do APH para o Sobrevivencialista
Ser um Sobrevivencialista é saber as coisas importantes a fazer e estar preparado para qualquer situação de emergência e fazer de tudo para sobreviver a ela.
E qual é uma das coisas mais importantes que você precisa dominar como alguém preparado? O pilar de resgate, é claro!
Não se engane, simplesmente não basta ter um kit de primeiros socorros. Você também precisa ter as habilidades necessárias para usá-lo caso necessário. É essencial conhecer o maior número possível de procedimentos de primeiros socorros, especialmente quando você está em uma situação em que precisa esperar a chegada de uma ambulância.
Pode ser o que salvará você mesmo ou a vida de outra pessoa. Então aqui iremos citar alguns destes procedimentos básicos.
Reconhecimento de sinais vitais
O objetivo principal deste procedimento é identificar se a vítima possui pulso e/ou está respirando, na qual será possível descobrir se ela se encontra em uma parada cardiorrespiratória, que é no caso da ausência desses dois sinais. Caso seja confirmada essa condição, o tempo para se iniciar algum processo de reanimação é curto e deve ser iniciado imediatamente.
Em meio a situação de encontrar um indivíduo desmaiado, primeiramente verifica-se a responsividade da vítima que pode ser feito chamando-a repetidamente. Em caso de não resposta se comprova a inconsciência, a mesma deve ser considerada como vítima grave até que se entenda a situação por completo.
A próxima ação é verificar se há pulso, que é feito no pescoço do indivíduo. Abre-se as vias aéreas e posicione seu dedo indicador e médio entre a parede da traqueia e a parede músculo ao lado, buscando sentir a pulsação da artéria carotídea que passa em ambos os lados.
Caso não houver pulso, diante de você se encontra alguém em parada cardiorrespiratória e os procedimentos adequados devem ser imediatamente iniciados.
Improvisar uma maca
Muitos Sobrevivencialistas se envolvem em atividades outdoor, o que por si só já dificulta muito ou até mesmo impossibilita que um socorro mais apropriado chegue até o local onde a vítima se encontra, como por exemplo, uma ambulância. E aí? Aquele individuo precisa ser transportado, ou em casos mais extremos, a vida dele dependerá dessa capacidade de locomoção. Sendo assim, uma maca pode ser improvisada.
Esse transporte é uma forma segura de deslocar a vítima, além de que pode ser feito durante longo período, entretanto, ele necessita de uma quantidade maior de pessoas. Os materiais utilizados são simples e de fácil manuseio, apenas uma corda e dois bambus, que obviamente podem ser substituídos por outra madeira que você tiver em mãos.
A confecção da maca é simples e eficiente. Após feito um nó na extremidade do bambu, basta posicionar as duas madeiras de forma paralela e trançar o cabo entre elas, alternando entre posição, acima e logo em seguida por baixo de cada bambu. Para finalizar a confecção, é interessante criar um suporte um pouco mais elevado para que seja posicionada a cabeça da vítima, e depois para concluir a amarração, é só repetir o mesmo nó do início e ela está pronta para ser utilizada.
Utilizando-se em um cenário ideal de quatro pessoas, mover a vítima para a maca tomando os cuidados para não agravar a situação da mesma e o transporte pode ser iniciado. A locomoção da vítima pode ser feita por no mínimo duas pessoas e o esforço realizado é proporcional ao número de pessoas ajudando no transporte, ou seja, quantos mais ajudantes, menos peso cada um deles precisará carregar.
Improvisar uma maca
Muitos Sobrevivencialistas se envolvem em atividades outdoor, o que por si só já dificulta muito ou até mesmo impossibilita que um socorro mais apropriado chegue até o local onde a vítima se encontra, como por exemplo, uma ambulância. E aí? Aquele individuo precisa ser transportado, ou em casos mais extremos, a vida dele dependerá dessa capacidade de locomoção. Sendo assim, uma maca pode ser improvisada.
Esse transporte é uma forma segura de deslocar a vítima, além de que pode ser feito durante longo período, entretanto, ele necessita de uma quantidade maior de pessoas. Os materiais utilizados são simples e de fácil manuseio, apenas uma corda e dois bambus, que obviamente podem ser substituídos por outra madeira que você tiver em mãos.
A confecção da maca é simples e eficiente. Após feito um nó na extremidade do bambu, basta posicionar as duas madeiras de forma paralela e trançar o cabo entre elas, alternando entre posição, acima e logo em seguida por baixo de cada bambu. Para finalizar a confecção, é interessante criar um suporte um pouco mais elevado para que seja posicionada a cabeça da vítima, e depois para concluir a amarração, é só repetir o mesmo nó do início e ela está pronta para ser utilizada.
Utilizando-se em um cenário ideal de quatro pessoas, mover a vítima para a maca tomando os cuidados para não agravar a situação da mesma e o transporte pode ser iniciado. A locomoção da vítima pode ser feita por no mínimo duas pessoas e o esforço realizado é proporcional ao número de pessoas ajudando no transporte, ou seja, quantos mais ajudantes, menos peso cada um deles precisará carregar.
Desengasgo de bebê de 0 a 1 ano de idade
Sendo uma situação bastante comum, torna-se imprescindível a obtenção do conhecimento para a realização dessa manobra. O primeiro passo para isso é a constatação de situação de engasgo, que geralmente ocorre devido a uma ingestão incorreto na hora de ser amamentado ou por acúmulo de secreção por causa de um resfriado, por exemplo.
Existem dois tipos de obstrução de vias aéreas, a total e a parcial. Em casos de obstrução parcial a vítima apresentará murmúrios e soluços, já em caso contrário, um sinal claro em bebês é a incapacidade do choro, o que consequentemente acarretará agitação por parte da criança. Outro sintoma característico desta situação é a presença de coloração roxa em mucosas e extremidades.
A manobra se dá inicialmente com o posicionar na criança no antebraço fazendo uso dos dedos para manter as vias áreas do bebê abertas. Importante também posicioná-lo com a cabeça mais baixa que o restante do corpo para que facilite o desengasgo.
Por fim, a execução da manobra é a realização de cinco tapas usando o calcanhar da mão, com um movimento de cima pra baixo entre as escápulas da criança. Logo em seguida, transfira o bebê para o seu outro braço e realize cinco compressões no peito da criança usando dois dedos. O processo deve ser mantido até a criança desengasgue.
Desengasgo de adultos
Assim como dito no tópico acima, o engasgamento é bastante comum, e isso não seria diferente em adultos. Em obstrução parcial incentive a tosse para que o objeto seja expelido. Já quando a obstrução é total, onde não há essa possibilidade, ou mesmo quando a tosse não funcionar, será necessária rápida ação para que o engasgo seja resolvido.
A manobra de Heimlich é de simples execução e sem risco algum. Primeiramente deve-se posicionar atrás da vítima, com o punho fechado feche os dedos sobre o polegar o posicionando acima do umbigo da vítima. Rotacione sua mão sobre o abdômen da pessoa em 180° fazendo com que seu punho fique localizado onde é popularmente conhecido como a “boca do estômago”. Sobreponha uma mão a outra para dar firmeza à manobra e para garantir a segurança evitando uma queda em caso de desmaio posicione sua perna entre as da vítima.
Com toda a preparação para a realização da manobra feita, resta apenas executá-la. O movimento é simples, realize com força significativa uma pressão estomacal fazendo um movimento de baixo para cima, fazendo com que a pessoa expila o objeto que está obstruindo suas vias aéreas. A realização do movimento será de cinco a oito vezes seguidas ou até que a pessoa seja desengasgada.
Aplicação de torniquete
O torniquete é de uso exclusivo para uma situação: controle de hemorragia extrema. A perda de sangue é uma das causas que mais vitima pessoas em diversas ocorrências, como acidentes, confrontos armados e etc.
A aplicação deste equipamento é feita somente uma vez, dando tempo aproximadamente de 02h30 para chegar a um hospital. O torniquete é usado apenas em membros inferiores e superiores e a sua utilização é muito simples e intuitiva.
O torniquete deve ser posicionado acima da articulação onde se encontra o ferimento. Após puxada a faixa, processo semelhante a se apertar um cinto, e estando no local correto, dá-se início ao aperto do equipamento. Ele possui uma trava giratória que a cada giro aperta cada vez mais, deve-se continuar apertando até que o sangramento seja interrompido.
Conclusão
O APH envolve uma combinação de procedimentos médicos simples e bom senso. Se você é um Sobrevivencialista, você definitivamente deve ter conhecimento dessas técnicas. Como pode ser visto, existem procedimentos de primeiros socorros que você pode aprender a prepará-lo para uma emergência.
Não há nada como ter o conhecimento e a habilidade para tratar temporariamente emergências médicas antes de uma ambulância chegar ou você poder ir a um pronto-socorro. O domínio desses procedimentos de APH pode ajudar a salvar a vida de alguém, inclusive a sua, guerreiro.
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