Se um dia você se encontrasse em um cenário de violência urbana, você saberia exatamente o que fazer?
Quando mais de 80% da população está nas áreas urbanas, estar #prontopratudo envolve conhecer o suficiente para não ser uma vítima. Por isso, é a partir deste contexto, guerreiro, que entra a Sobrevivência Urbana: o conjunto de estudos, técnicas e habilidades que podem ser utilizadas para prevenir e reagir de forma inteligente em situações de violência urbana.
Sobrevivência Urbana: o que você precisa saber?
A Sobrevivência Urbana envolve desde técnicas como o estado de alerta e avaliação do cenário às habilidades táticas necessárias para uma reação bem-sucedida.
Em poucas palavras, a sua sobrevivência na cidade depende da sua capacidade de prevenção e reação.
Quem moralizou a todos os presentes com uma instrução sobre o tema, foi o Raphael Mello, da TESP (treinamentos especiais), durante a segunda edição do COP Internacional.
O ESTADO DE ALERTA
Quando falamos de violência urbana e a sua sobrevivência a ela, a prevenção é a melhor e mais segura opção. Por isso, o estado de alerta entra como peça-chave da Sobrevivência Urbana. Seguindo a lógica formulada pelo fuzileiro naval Jeff Cooper, existem 4 níveis de alerta em que precisamos estar, de acordo com o contexto:
BRANCO
Significa desatenção e despreparo. Somente podemos estar nessa cor quando em atividades básicas como dormir, para saúde e recuperação do próprio corpo e mente.
AMARELO
Atento, mas relaxado. Essa é a cor na qual devemos estar com mais frequência. Aqui, guerreiro, encaixamos por exemplo a rotina do dia a dia no trânsito, no trabalho ou durante os treinos ao ar livre.
LARANJA
Existe uma ameaça em potencial. Essa cor já representa um perigo. Quer dizer que existem possíveis ameaças à espreita, e você está atento e preparado para uma resposta.
VERMELHA
Há uma ameaça definida. A atitude suspeita e potencial agora foi definida, e você sabe que está em perigo. Uma resposta já está preparada conforme a leitura da situação.
A PROGRAMAÇÃO MENTAL
A programação mental é a diferença entre uma resposta programada ao criminoso, criada por meio de exercícios mentais repetitivos com base em cenários hipotéticos de violência, e uma resposta despreparada e impensada – possivelmente letal a você.
Por isso, podemos dizer que a programação mental é um exercício que sempre deve ser feito de maneira preventiva ao combate. É uma técnica que cria rápidos ‘’acessos’’ da memória para aquelas situações de defesa treinadas, que você incorporou na imaginação.
Guerreiro, aqui, a repetição é a chave da excelência!
Avalie o máximo possível casos bem-sucedidos e mal-sucedidos de reações e ponha-se no lugar de alguém que superou as situações. O que lhe garantiu o sucesso? E no caso dos mal-sucedidos, o que precedeu suas falhas?
Quando a prevenção falha, só há uma opção…
A RESISTÊNCIA ATÉ O FIM
Não reagir, com certeza, está longe de significar a garantia da sua segurança ou da sua família. Às vezes não há outras alternativas e, caso a caso, isso deve ser avaliado para a sua tomada de decisão.
Mas uma coisa é certa: você deve se preparar com o máximo de opções possíveis para responder a um cenário de agressão nos grandes centros urbanos.
Por isso, diante de uma ameaça, existem opções de ação para você considerar na sua tomada de decisão:
1 – SUBMISSÃO
Não reagir e obedecer completamente aos comandos do criminoso. É uma abordagem viável em certas situações, principalmente considerando cenários nos quais a vítima não possui possibilidades de reação. Nesses casos, geralmente a vítima estava na cor branca do sistema de estado de alerta (desatenção e despreparo).
2 – REAÇÃO PASSIVA (FUGA)
Ocorre uma submissão, mas não completa. Nessa via, o guerreiro obedece aos comandos dos criminosos, mas tenta desescalar qualquer violência ou ato mais prejudicial. Isso pode ocasionar em uma oportunidade de fuga.
3 – REAÇÃO ATIVA (O CONFRONTO AO CRIMINOSO)
Esse é o cenário mais extremo. Aqui não há mais espaço para desescalar, e em uma análise de situação, os criminosos ameaçam a sua vida com agressividade altíssima sem sinais de possibilidade de desescalar.
Meu caro, nesse cenário é crucial avaliar uma janela de oportunidade (uma mudança do foco da atenção do agressor para outra pessoa ou coisa) para buscar a incapacitação imediata do agressor.
Sobrevivência Urbana: os mandamentos
Escolher a sua abordagem é uma tarefa pessoal que cabe a você, com toda a sua bagagem, experiência, crenças e valores.
Seja como for, confira algumas dicas essenciais para levar em conta quando estiver se preparando para sua Sobrevivência Urbana:
1- Jamais aproxime a arma do bandido
A maior parte dos combates ocorre a menos de 3 metros. Você não quer dar vantagem para o criminoso, certo? Então, jamais se aproxime do seu alvo com a arma, ou a disputa por ela poderá ser fatal.
2- O criminoso nunca age sozinho (leitura do cenário)
Criminosos raramente agem sozinhos. Por isso, se você quer adotar uma Reação Ativa, assegure quantos criminosos estão envolvidos na ação e tome as medidas necessárias para neutralizar todos sem risco de ser surpreendido.
3- Movimente-se e procure abrigo
O referido princípio tem forte relação com o anterior. Não seja um alvo fácil, movimente-se e busque abrigo. Assegure que sua retaguarda esteja segura para diminuir o risco de ser surpreendido pelas costas. O mesmo vale para o seu entorno!
4- Bandido não se rende
Vai adotar a conduta de Reação Ativa? Então não caia nessa armadilha. Quando em confronto, você não pode esperar pela rendição do criminoso. A prisão não lhe é desejada, nem a morte. Seja mais letal e treine para a incapacitação do bandido. QSL?
5- Atire primeiro
Na maioria esmagadora das vezes, os primeiros disparos determinam a sobrevivência. Por isso, seja o mais ágil. Além disso, se você está respaldado juridicamente pela legítima defesa, não há razão para poupar esforços, certo? Atire primeiro, e quantas vezes forem necessárias.
Se quer a paz, prepare-se para a batalha
Para estar #prontopratudo, inclusive no pior cenário, é necessário treinar com os melhores equipamentos e vestuário, que aguentem o treino pesado. Com o Ripstop Ultimate, nossa nova linha de vestuário tático em calças como a Platoon é altamente resistente à abrasão, água e óleo, além de ser altamente funcional.
Por isso, se quer paz, prepare-se para a guerra com o padrão INVICTUS, que garante sua alta performance nos momentos mais críticos e acompanha os operadores e sobrevivencialistas mais determinados em seus treinos.
Chegou até aqui? Então temos uma provocação para você: o que faria se, enquanto lê esse post, visualizasse duas potenciais ameaças vindo ao seu encontro? Qual seria seu estado de alerta?
Conte para nós nos comentários!
Este texto foi construído a partir da Instrução do guerreiro IAT Raphael Mello no COP INTERNACIONAL. Para conhecer os nossos aprendizados adquiridos no evento, clique aqui.
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