Ao longo da história, dos campos de batalha do velho mundo às guerras modernas, muitas foram as mulheres com feitos extraordinários.  

Século após século, suas batalhas reverberam o espírito de combate contido em toda mulher. Então, conheça agora 7 ícones da mulher guerreira que mudaram a nossa história para sempre.  Pra cima! 

TÔMIRIS MESAGETA  

“Tômiris Mergulhando a Cabeça de Ciro morto em um vaso de Sangue” por Peter Paul Rubens

Tômiris Mesageta foi uma grande líder do povo guerreiro Masságetas, uma confederação de tribos de notável força militar, táticas imprevisíveis e vasto conhecimento da região das estepes da Ásia Central, seu lar.  

Tômiris, assumiu de seu pai Spargapises, Rei de todas as tribos dos Masságetas, o poder de liderança. Apesar de muitas tentativas de sua derrubada, ela conquistou seu lugar de liderança, provando coragem e lealdade ao seu povo.  

Por volta de 530 a.C o Império Persa, comandado por Ciro II, o Grande, estava em franca expansão militar. O Imperador visava proteger suas fronteiras ao leste, onde os Masságetas eram dominantes e o embate foi inevitável.  

Tômiris reuniu todo o seu exército e liderou uma investida contra Ciro. Além da vitória, decepou a cabeça do grande Imperador Persa.  

Dessa forma, Tômiris Mesageta, conquistou seu lugar na história junto às mulheres guerreiras da antiguidade por sua inconfundível garra, destemor e força em batalha.   

TOMOE GOZEN  

Tomoe Gozen foi uma das maiores Onna-Musha do Japão

Tomoe Gozen foi uma grande Onna-musha, nome dado às mulheres durante o Japão Feudal para caracterizar guerreiras ofensivas da casta Bushi (Samurai) treinadas para a letalidade tática em guerra.   

Em 1180, ocorria a Guerra de Geipei, no Período Heian do Japão Feudal. Sakuras eram palco de batalhas sangrentas causadas pela disputa do poder entre os clãs samurais Minamoto (Genji) e Taira (Heike).   

Nesse contexto, Tomoe foi descrita como ‘memorável e forte arqueira, e como espadachim, uma guerreira que valia por mil, pronta para enfrentar um demônio ou um deus, montada ou a pé’’.  

Ela trilhou o caminho do guerreiro (Bushido) e o mais ilustre de seus combates se deu em 1184 na Batalha de Awazu. Lutando contra o clã Taira, guiou mais de mil guerreiros e, por fim, decapitou o general inimigo Uchida.  

Hoje, a história da Onna-Musha é honrada em peças do Festival Eras de Kyoto, além de estar eternizada com sua estátua, no Museu Yoshinaka Yakata. 

MILUNKA SAVIĆ  

Milunka Savic nasceu em 1889, na Sérvia, em uma família sem qualquer engajamento em combate.  

Em ato de compaixão ao seu irmão, Milun, cortou seus longos cabelos, apresentou-se ao exército com o nome do caçula e o substituiu no combate contra a Bulgária, nas Guerras dos Balcãs.  

Após 1 ano do término do conflito, iniciou-se a Primeira Guerra Mundial, e ela foi ao front. Em 1916, Milunka rendeu sozinha 23 combatentes búlgaros no rio Crna.  

Reconhecida com a mais alta honraria sérvia, a Ordem da Estrela de Karadjordje, ela colecionou honrarias militares internacionais da Grã-Bretanha, França e Rússia.  

Mesmo após seu serviço militar, durante a Segunda Guerra Mundial foi presa pelos nazistas por organizar uma enfermaria em auxílio dos partisans (guerrilheiros contra a invasão), passando 10 meses no campo de concentração.  

Falecida em outubro de 1973, em Belgrado, Milunka conquistou a posição de mulher mais condecorada na história militar.

LYUDMILA PAVLICHENKO  

Lyudmila Pavlichenko, nascida em 1916 na Ucrânia, ficou conhecida como a mais letal sniper do Exército Vermelho Soviético durante o segundo maior conflito bélico do mundo, travado de 1939 a 1945 entre Aliados e o Eixo.  

Seu estopim se deu com a invasão germano-soviética na Polônia, mas sua catástrofe logo se alastrou por toda a Europa. Nesse contexto, nascia a lenda da Senhora Morte: mais de 300 baixas estariam atribuídas ao seu rifle M1891.  

Aos 14 anos, em Kiev, soube do tiro esportivo, que acendeu nela o amor pelo armamento e tiro. Depois, trabalhou em uma fábrica de munições.   

Suas habilidades no manejo do armamento foram decisivas para seu ingresso na 25º Divisão de Fuzileiros, como sniper do Exército Vermelho.   

Recebeu o mais honroso título militar de ‘’Herói da União Soviética’’, e discursou na Casa Branca, pela união militar contra o Eixo. Lyudmilla faleceu em 1974 e se consagrou como a mais letal mulher sniper na história.  

JOANA D’ARC  

Joana D’Arc nasceu por volta de 1412, na França Medieval. A adolescente camponesa liderou com sucesso o então subjugado Exército Real Francês abalado pela Guerra dos Cem Anos.  

Criada na fé católica, dizia ter visões de São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida. Alegava também ser destinada a guiar a França para longe do domínio inglês.  

Com coragem e persistência, aos 16 anos, Joana teve contato com o Rei Carlos VII, e sob a sua liderança, o exército francês vencia uma batalha após a outra.  

Na vanguarda das formações militares, a guerreira marchou com seu exército para a reconquista da estratégica cidade de Orléans 9 dias após sua chegada.  

Por sua impressionante performance na liderança das tropas francesas, Joana era altamente aclamada. Porém, aos 19 anos, foi capturada e entregue aos ingleses. Acusada de bruxaria sob ‘’argumentos’’ como a utilização de roupas masculinas, morreu na fogueira.  

Entretanto, sua história de coragem, abnegação e determinação ficaram marcadas. Foi postumamente inocentada, considerada Padroeira da França e canonizada como Santa da Igreja Católica em 1920, pelo Papa Bento XV.  

ANITA GARIBALDI   

A história de Anita Garibaldi, nascida em 1821, em Laguna, Santa Catarina, se confunde com a luta pela liberdade e democracia no Brasil e no mundo.  

Anita tinha 18 anos quando o revolucionário Giuseppe Garibaldi, chegara da recém-proclamada República Rio-Grandense para estender à Santa Catarina seus ideais republicanos.  

Juntaram-se, e antes que a República Juliana, declarada em Laguna, enfrentasse sua dissolução pelas Forças Imperiais, Anita ingressa em sua tropa.   

Com a missão cumprida no Brasil, em 1841 o casal se dirige a Montevidéu. Garibaldi recebe 2 anos depois convite para se juntar à luta contra o ditador argentino.  

Após 5 anos de combate, o desejo de unificar a Itália volta como uma oportunidade para Garibaldi.  

Em 1848, o casal vai ao combate dos austríacos em Florença. Intensos conflitos se seguem depois.   

Em Rieti, em fevereiro de 1849, Anita adoece, mas continua a lutar. Em junho, combatendo com Garibaldi contra os franceses, ela piora. Era malária. A guerreira dos dois mundos lutou até suas últimas forças.  

Em Santa Catarina, 2 municípios levam seu nome. Em Laguna, um museu conserva sua história. Na Itália, um monumento eterniza seu destemor na guerra pela unificação e democracia italiana.  

KRYSTYNA SKARBEK  

Natural de Varsóvia, Polônia, Krystyna Skarbek é uma guerreira que experimentou na pele o horror da Segunda Guerra Mundial.  

De personalidade forte, a filha de aristocratas aparentava ter um destino traçado à vida confortável, tendo até passagem no concurso de Miss Polônia, em 1929.   

Entretanto, a bela virou fera. Tão logo a notícia da guerra chegou, seguiu para a Inglaterra, voluntariando-se ao serviço de inteligência britânico SAS.  

Adotou o nome de Christine Granville, e em 1941, ela e um oficial polonês foram presos pelos nazistas. Durante o interrogatório, Krystyna mordeu a própria língua e começou a tossir sangue. Os nazistas temeram que ela e seu parceiro estivessem com tuberculose e soltaram os dois.  

Sua performance extraordinária foi responsável pelo conhecimento preliminar dos Aliados dos preparativos nazistas à Operação Barbarossa.   

Foi condecorada com as mais altas honrarias militares da França, a Croix de Guerre, e do Reino Unido, a Medalha de George. Sua eficácia e inteligência extraordinárias colaboraram diretamente para o fim da guerra.  

O ESPÍRITO DAS GUERREIRAS NA PELE  

Signo de força e destemor da mulher guerreira em constante combate, a deusa escandinava Skadi evoca a virtude de batalha de todas as mulheres através de suas lendas.  

Do mesmo modo que Skadi tomou para si as armas e as rédeas de seu destino, e como as combatentes invictas que mencionamos hoje, apoiamos todas as mulheres em suas batalhas.  

Por isso, desenvolvemos a linha feminina Skadi, que evoca na pele as lutas das nossas guerreiras, seja no dia a dia de treino às operações nos campos de batalha! 

INVICTUS

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